O legado de Temer para o esporte

Já não bastam as denúncias de corrupção e as diversas malas de dinheiro que vivem a passar de mão em mão de políticos, o governo brasileiro agora deve deixar uma herança maldita para o esporte do país. No orçamento para 2018 a proposta enviada pelo presidente Temer para Câmara dos Deputados reduz 87% da verba destinada ao esporte em 2017. Juntando com um corte de quase 15% na Lei Piva, a quase extinção do programa Bolsa Atleta e a diminuição sensível de patrocínios das estatais, nosso esporte deve sofrer um grande baque na preparação dos atletas visando os Jogos de Tóquio, em 2020. Com isso já se sabe que a preparação de seleções para eventos internacionais sofrerá um grande corte, assim como o programa de controle antidopagem. É triste ver uma notícia como essa pouco mais de um ano do encerramento da olimpíada no Brasil, que só serviu mesmo para rechear o bolso de alguns políticos e criar uma estrutura que dificilmente é usada em benefício do esporte. Veja o caso do Parque Olímpico, que está sendo bem aproveitado pelo Rock In Rio, um evento de alto custo, que não beneficia em nada o esporte, mesmo utilizando instalações que foram cosntruídas para isso. E o que não dizer da preocupação em ver o presidente do COB desde 1995, Carlos Arthur Nuzman, envolvido em suspeita de compra de votos e corrupção na entidade. É amigos, foi bom enquanto durou. A escolha da sede e depois o ciclo olímpico foram excelentes para alguns atletas e modalidades, mas agora a fonte secou. Quem conseguiu ir para o exterior e patrocínios particulares, ainda vive uma boa expectativa, quanto aos demais, é voltar ao jeitinho brasileiro e se conformar que mesmo com nosso potencial esportivo e tamanho do país nunca estaremos entre os melhores. E o pior, na maioria das vezes não é por falta de competência, mas sim falta de vergonha e de caráter de alguns.temer

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